terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Quinta Parte.


Ainda parada em frente ao roupeiro, voltara a fitá-lo para decidir o que vestir. Apesar de cedo, tinha acordado bem-disposta e apetecia-lhe caminhar. Destino: o já sabido, Baixa Pombalina. Decidiu-se por um Jeans simples e até um pouco gastos e por um daqueles Tops que comprava mais porque sim do que propriamente por gostar deles, meia curta e sapatinho prático da Quechua. A mochila vermelha que a acompanhava há anos e que levaria dentro o Livro em Branco, uma caneta, o Livro do Desassossego – que finalmente se decidira a “vasculhar” e a máquina fotográfica. Pegara, ainda antes de descer as escadas, no telemóvel e fizera a chamada matinal habitual: desde sempre que, antes de sair de casa, fosse para onde fosse e a que horas fosse, ligava à Mãe para saber como fora a sua noite de sono e como estavam as coisas por casa. Quando não a apanhava, como tinha sido o caso dessa manhã, deixava-lhe uma mensagem à qual sabia que esta responderia logo que possível. Estavam, assim, sempre em contacto. Descera as escadas, comera apressadamente uma das Pêras trazidas do Monte dos Avós, colocara outra distraidamente no bolso do casaco que entretanto resolvera vestir, dada a hora matutina a que sairia de casa e, deixando um bilhetinho escrito a Alexandra para que esta não se preocupasse ao acordar, saiu de mansinho.



Continua...

Sem comentários:

Enviar um comentário